Médicos Jovens

Entre os dias 23 e 24 de agosto de 2017, realizou-se em Belém do Pará o II Fórum Nacional de Integração do Médico Jovem.  O evento, organizado pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), contou com palestras e debates envolvendo os grandes temas da Medicina hoje, especialmente aqueles mais demandados pelos médicos jovens. Cuidados paliativos, vínculos e relações de trabalho, gestão de carreira, tecnologia e inovação em saúde, sistemas de saúde, modelo de formação médica, residência médica e tantos outros.

Centenas de jovens médicos e estudantes de Medicina estiveram presentes nos dois dias de eventos, assim como houve transmissão simultânea do Fórum, via virtual. Ao final, divulgou-se a chamada “Carta de Belém”, um compilado de proposições derivadas do Fórum, a serem trabalhadas junto à sociedade e autoridades competentes.

 

O II Fórum consolida o processo de crescimento da participação de médicos jovens dentro das entidades médicas brasileiras, o que pode ser simbolizado pela criação da Comissão de Integração do Médico Jovem por parte do CFM. Um espaço específico para ser elo entre o Conselho e esses profissionais mais jovens, uma instância para discussão, coleta de demandas  e encaminhamento de ações para esse público que hoje já compõe cerca de 40% dos médicos brasileiros.

 

Nesse sentido, também é importante enaltecer o papel do Conselho dos Jovens Médicos da Comunidade Médica de Língua Portuguesa (CMLP), a qual tivemos  a honra de representar, juntamente com os colegas Nívio Moreira e Naiara Balderramas.

 

Foi discutida a atuação e importância da CMLP e do Conselho dos Jovens Médicos nesse processo de integração que leve a avanços significativos par a Medicina e a Saúde, inclusive com o encaminhamento de eventos e ações conjuntas. Saímos de Belém mais fortes do que chegamos, alinhados e com a certeza de que a voz dos médicos jovens estão no centro da agenda de nossas entidades representativas, seja no Brasil, em Portugal ou em todos os demais países de que comungam da lusofonia e Medicina.

 

Muitas mudanças nascem necessariamente de rupturas, devido às circunstâncias de cada tempo. Porém, as mudanças graduais e sustentadas, avalizadas pelo consenso, são as mais perenes. É esse tipo de mudança que estamos assistindo, na senda da construção de uma Saúde Lusofona.

 

Fernando Uberti Machado

Residente em Psiquiatria, Brasil

Francisco Pavão

Residente em Saúde Pública, Portugal