Autoridades e representantes de diversos países debateram o futuro da saúde no Encontro da Comunidade Médica de Língua Portuguesa (CMLP), realizado em dezembro. Foram colocados em pauta temas como: políticas públicas, sistemas de saúde, sistemas de ensino, sustentabilidade e inclusão social. As atividades aconteceram no Centro de Internacional de Conferências de Sipopo, em Malabo, Guiné Equatorial, que se tornou um importante fórum de discussões para os profissionais de saúde dos países de língua portuguesa.
O Conselho Federal de Medicina (CFM) marcou presença nos debates, apresentando a realidade do médico brasileiro e fazendo a defesa das melhores práticas. Para o presidente da CMLP, Jeancarlo Cavalcante, por meio da autarquia, a entidade internacional alcançou avanços significativos.
“O CFM na presidência da CMLP fez história ao admitir a Guiné Equatorial na comunidade médica lusófona. Também se destacou ao propor a criação do Prêmio Literário para médicos de fala portuguesa. Contudo, o mais importante é o resultado da cooperação na saúde pública desses países”, pontua Jeancarlo Cavalcante, que também responde pela 1º vice-presidência do CFM e é conselheiro federal pelo estado do Rio Grande do Norte.
Durante o Encontro, Jeancarlo Cavalcante liderou a sessão que abordou os desafios globais para a saúde no âmbito dos países lusófonos. Na ocasião, os médicos brasileiros também foram representados por Carlos Magno Dalapicola, conselheiro federal pelo estado do Espírito Santo e tesoureiro adjunto do CFM.
Dalapicola ministrou palestra sobre investimento e financiamento na área da saúde, a partir de panorama dos setores públicos e privados no Brasil. “O Sistema Único de Saúde (SUS) está defasado em algumas áreas. O CFM defende o aumento do repasses de recursos para essa rede, o que pode ajudar a impedir o fechamento de leitos e aumentar o valor pago pelos honorários médicos. Rever a tabela do SUS é um pleito nosso”, complementou, ao enfatizar a necessidade de revisão do atual modelo.